Sunday, March 30, 2008

Dia 31.

Os dias têm voado. Não sei se é o excesso de ocupação, mas sinto como se estivesse vendo menos detalhes dos dias que se passam. Ainda que absorva coisas fantásticas como pessoas falando sozinhas, crianças brincando com o nada enquanto seus pais se irritam com a mesma cois, sinto como se estivesse me faltando algo. A vida vai mudando, caminhando para um lado mais maduro onde eu não quero estar. Porém, vejo ao mesmo tempo a falta de escolhas que tenho, a não ser concordar e encarar essa situação.

Conhecer gente nova, me relacionar com responsabilidades maiores e ter gente dependendo de mim. Acho que esse é o fator mais pesado. Todos falam de como é bom ser chefe. O problema é quando a gente ganha a oportunidade. Ter gente que depende de você é uma coisa muito complicada. Ver que as pessoas ficam sem ação enquanto sua voz não der um comando é deliciosamente tenso e muito perigoso. Um jogo onde o erro não é de quem executa, mas de quem opta pela decisão.

Apesar de ter medo, me sinto grande, forte e maduro. Sinto como se todo o esforço retornasse em forma de fruto, e não mais a semente que plantei há anos. Sinto como se merecesse cada segundo em que tomo uma decisão. Apesar de ainda não serem decisões que comprometam grandes resultados, mas comprometem os meus, que, de forma microscópica, afeta o resultado geral. É tudo tão assustador e tão lindo, que me fascina só pensar em onde é que eu fui me enfiar.

1 comment:

camilacorado said...

acho que tô passando pelo mesmo caminho, sabe? que coisa marcos...
precisamos conversar. a saudade bate forte, mesmo você estando pertinho.
beijo-beijo.
;*