Thursday, January 08, 2009

paciência

se conhecer, saber dos teus próprios limites e saber que o próximo começa aonde você termina são sinais de maturidade que se ganha com o tempo. ao passar dos anos, jovens se tornam adultos, adultos se tornam idosos e o amadurecimento de idéias, pontos de vista e comportamento vão mudando em grande parte das pessoas. o problema começa quando, independente do tempo vivido, os sinais não vêm.

passamos por diversas situações de conflito interno e externo durante infinitos momentos de nossas vidas para que saibamos como nos comportar no futuro. teoricamente, somos criados e educados por nossos pais para que tenhamos personalidade forte e respeito para com o próximo, para que consigamos conviver em harmonia com os demais integrantes do nosso ciclo de convívio.

infelizmente, tem gente que, como a gente, insiste no erro, mas insiste se achando senhor da verdade em todos os momentos. a coisa começa a complicar quando a tecla já não funciona, quando o tom de voz se eleva como tentativa desesperada de um resgate, quando gritar é a única saída encontrada. não que se chegue à nenhuma conclusão tomando essas posturas, não que se chegue à algum lugar seguindo essas regras, é só que não se aprendeu durante o tempo vivido o que se devia. sabe-se apenas que o seu prazer tem de ser saciado, independente das vontades e pensamentos alheios.

o mundo não está em órbita ao redor da sua barriga. o seu nariz não aponta a direção dos ventos. você não é o centro das atenções. conviva com isso, amadureça, e saiba viver feliz dentro da sua insignificância. aí, então, quem sabe, você se torne importante para os demais que te circundam.

Tuesday, December 30, 2008

dia 31.

2008 passou como um tufão. foi um ano de experiências novas e de erros grotescos que me fizeram amadurecer muito a forma de enxergar a vida. não penso que sou melhor ou pior do que outras pessoas por conta das coisas que passei, me sinto bem por ter aprendido, e isso me basta.

me doei por coisas que não acreditava, mas triunfei colhendo os frutos da plantação. o sacrifício hoje é visto e vivido como glória. a distância de casa ao mesmo tempo me faz ser forte, mas me faz ver o quão importante cada um da minha família é, me faz ver como devo dar valor à cada um do meu cotidiano, e que mudar nem sempre é a melhor solução.

viro o ano fazendo uma das coisas que mais sonhei. sair do país e ter a oportunidade de criar um mundo novo. vejo então que não há mundo melhor do que o que eu construí. os amigos, a fé, as atitudes, e a minha rotina desregulada. agradeço à Deus por ser quem eu sou e ter o que eu tenho. e, apesar de estar feliz onde estou, conto os dias para voltar para o meu mundo simples, lindo e puro.

não, não ache que eu tenho a arrogância de me achar perfeito. apenas me sinto feliz e me orgulho, gosto do que tenho. você não tem que sonhar em conquistar o que eu conquistei, mas conquistar os teus sonhos, as tuas vontades.

busque um 2009 cheio de conquistas e sonhos seus, não dos outros. porque, no final, quem tem que deitar, fechar os olhos, e pensar sozinho nos resultados é você.

um feliz ano novo.

Sunday, December 28, 2008

nômades

hoje eu me encuquei. estava no trabalho, fazendo as mesmas coisas de sempre, quando um dos mexicanos que trabalham comigo disse que partiria daqui por conta do baixo salário que está recebendo. de fato, a crise chegou até nas cidadezinhas do interior, onde fazer hora extra era hábito, se tornou praticamente um crime. outro que me surpreendeu foi um americano nativo. o cara tá tão preocupado com a crise que passou o dia inteiro pensando no que fazer caso perca o emprego.

a crise que para mim estava tão distante, tá do meu lado! e eu pensando em gastar mais dinheiro ainda, haha, doce ilusão.

enfim, não era disso que eu vinha falar. este mesmo mexicano, que falou em partir, fez parte de uma outra conversa muito estranha. me disse que não sabia mais se era casado. deixou a mulher e dois filhos no méxico há 6 anos atrás e nunca mais voltou. manda dinheiro para eles todo mês, mas nào sabe como realmente estão. ao mesmo tempo um ato de bravura, de tristeza e solidão. bravo por ter a coragem de deixar tudo para trás para lutar pela qualidade de vida da sua família. triste por ter de viver só e não poder voltar.

quando ele me falou em partir, de imediato perguntei se seria para o méxico, para reencontrar sua família. de pronto me disse que não, que iria para atlanta ou michigan. céus, é assim tão fácil ficar longe da própria família? não tive coragem de perguntar, mexicanos são meio brutos quando irritados, e eu não quis correr o risco. eu não acho fácil. apesar de todas as maravilhas que ando vivendo, sinto muita falta de casa. do meu cotidiano, do mundinho que eu construí e vivi.

sinceramente, morro de medo de sair numa dessas aventuras de passar alguns meses fora e achar que a vida por aqui é melhor. que fique bem claro que isso aqui é turismo, e que o mundo real me espera lá em casa!

Thursday, December 25, 2008

pura balela

essa história de que quando se viaja se consegue se desligar da vida que é vivida. quando se vive intensamente e se ama o que se tem, não tem como esquecer. quando se dá valor ã tudo o que já foi conquistado e todos os projetos que hão de ser consumados, não é possível simplismente deixar de lado. não pra mim.

nos meus curtos vinte e um anos de idade construí algo de que me orgulho. algo que ainda precisa de infinitos retoques, de diferentes olhares e ângulos, de mais maturidade, mas que é meu. cada segundo aqui me amadurece, mas é temporário. é lindo saber de onde eu venho, o que eu sou e para onde vou voltar. saber quais são os meus desejos e projetos para o futuro. tudo aqui é muito bom, com excessão das comidas, do branco eterno trazido pela neve e alguns outros inconvenientes que não minimizam o prazer de se estar aqui. mas o que me faz sentir melhor ainda e cada dia mais seguro, é o fato de que eu sei o que será feito ao retornar. talvez não da forma como eu penso hoje, devido às lições que ainda vou aprender por aqui. tomara que de uma forma bem mais madura e apurada, por meio dos aprendizados que espero ter. o fato é que eu ainda tenho os mesmos sonhos, os mesmos desejos e as mesmas vontades, eu não mudei. sinto falta das mesmas pessoas, que tanto tempo levaram para me encantar....

quando eu voltar só quero ver todos que fazem parte da minha vida e, assim que terminar de matar a saudade de tudo, tocar a vida em diante. mas, antes disso, quero continuar saboreando cada dia desse corre corre que me ensina sempre mais.

Friday, November 07, 2008

Do nokia

Sim! Agora posso atualizar o mm do celular! E, pra alegria do freud, o cel me força a usar letras maiúsculas depois dos pontos finais.

Ontem provavelmente foi o último show da quiçá no ano de 2008. Devido a minha viagem, não voltaremos até, no mínimo abril do ano que vem. Meio triste, eu realmente gosto da banda, mas a pausa vai ser necessária. A gente precisa parar e repensar alguns conceitos. Pro ano que vem, prometo 2 projetos sensacionais e, quem sabe, mais um projetinho solo, haha.

Tenho que ir nessa. Almoço em família pós médico-família. Até!

Thursday, October 16, 2008

4 meses

é o tempo em que estive ausente daqui. é o tempo em que estarei ausente de tudo.

2008 vai chegando ao fim e pra mim ele vai acabando ainda mais cedo. pra mim, esse ano acaba em 07/12, dia em que viajo para um recomeço com final já marcado. serão quatro meses em que viverem em outro lugar, com outras pessoas e falando uma outra língua. a experiência será inigualável. a oportunidade de me afastar da minha vida para analisá-la como se de outra pessoa, única.

este ano foi um período de aprendizado intenso. vivi coisas que eu daria tudo pra viver de novo, e outras que daria tudo para não ter visto acontecer. me apaixonei e sofri. fiz coisas que nunca achei que faria, não que isso seja ruim. me apaixonei e vivi.

obtive sucesso na maioria das coisas pelas quais busquei. lógico que não em todas, mas em boa parte. defini rumos. vi o que eu realmente quero. defini lutar por elas, mas só quando eu voltar. vi que o rumo a ser seguido não é exatamente esse que estava seguindo, pelomenos não por agora. a luta tá só começando.

que venham os quatro meses. que venha 2009, onde eu quero, se Deus me permitir, sonhar, implementar e viver os meus desejos. não questiono os rumos que as coisas tomarem, não tenho poder pra definir isso. mas eu posso tentar. que venha mais uma batalha. eu não estou sozinho, e eu não tenho medo.

Friday, June 27, 2008

Ele pensa demais.

Sentimentos são construídos pelo tempo e pelo que vivemos. Conhecemos o novo e parte dele nos encanta.

Um dos sentimentos mais complexos é o amor. Não escolhemos com quem nos envolver, sentimos forças que nos atraem e nos carregam para perto. Simplismente nos deixamos levar e vivemos as coisas mais simples do mundo da forma mais feliz possível. Descobrimos então que o amor é o sentimento mais puro que se pode ter. É uma das oportunidades onde podemos nos entregar e ser nós mesmos por conta dos sentimentos que tempos pela pessoa a nossa frente.

O problema vem quando a cabeça interfere no que o coração nos diz. Achamos que vale mais a pena racionalizar a situação para então agir e, por isso, perdemos várias chances. A vida não para e, se você parar, fica para trás.

Ouça o coração, não a cabeça. O amor, por mais lindo que seja, é um sentimento egoísta. Temos que seguir o que nós queremos, e não o certo, eu acho. Porém, a maturidade não nos permite agir assim. E assim começa o complexo dilema do amor. Amar ou ser justo?

Eu, sinceramente, já não sei mais qual o mais certo.